Pesquisa

As linhas de pesquisa em desenvolvimento no GMG, conforme elencadas no Documento “Metas Acadêmicas do Departamento de Mineralogia e Geotectônica, GMG, anos 2000-2004”, aprovado na 14a Reunião Ordinária do Conselho do GMG em 22 de novembro de 2000, são as seguintes:

  • Mineralogia (teórica, experimental e aplicada)
  • Petrologia Ígnea (Petrologia e Geoquímica das Rochas Ígneas)
  • Petrologia Metamórfica (Petrologia e Geoquímica das Rochas Metamórficas)
  • Geocronologia e Geologia Isotópica
  • Geologia Estrutural e Tectonofísica
  • Geologia Regional e Geotectônica
  • Metalogênese associada a Processos Endógenos

As pesquisas são desenvolvidas no GMG através de Projetos coordenados por docentes do Departamento e financiados pelos órgãos de fomento, como FAPESP, CNPq e CAPES. Os Projetos podem ser desde Projetos Temáticos, que envolvem grandes equipes e orçamentos de vulto, até projetos individuais, desenvolvidos por um único docente, geralmente com a participação de pós-graduandos, bolsistas e estagiários. Além de docentes do próprio GMG, participam dos diversos Projetos também docentes e pesquisadores do GSA, de outras unidades da USP e de instituições de pesquisa nacionais e estrangeiras. Além disso, docentes do GMG participam de diversos Projetos vinculados a outros Departamentos e instituições, tanto no País como no exterior.

Os Projetos de Pesquisa do GMG tem intenso vínculo com as atividades de ensino, com a participação de pós-graduandos e alunos de Graduação com bolsas de Iniciação Científica. A maioria das Dissertações e Teses dos Programas de Pós-Graduação em Geoquímica e Geotectônica e em Mineralogia e Petrologia são desenvolvidas no âmbito de algum Projeto de Pesquisa em execução no Departamento.

Mineralogia (Teórica, Experimental e Aplicada)

Estudo dos minerais e das paragêneses minerais do ponto de vista cristalográfico e estrutural (estrutura cristalina), químico e genético, com ênfase ora nos aspectos teóricos, ora nos aplicados. Caracterização, descrição, síntese e transformações de minerais para fins geológicos, petrográficos, gemológicos e para aplicações industriais (novos materiais, construção civil etc.). Ainda na parte da Mineralogia Aplicada, o estudo dos efeitos dos materiais tecnológico-industriais e agrícolas sobre o meio ambiente, a saúde pública etc. Visa a caracterização qualitativa e quantitativa dos processos contaminantes e a elaboração de modelos de proteção ambiental (zonas de garimpos e minerações, emissões e contaminações aéreas, repositórios industriais, distribuição de metais pesados em fases cristalinas do clínquer, entre outros). Estudo de problemas relacionados à conservação e preservação da herança cultural, oferecendo suporte analítico na investigação de materiais, com enfoque na caracterização mineralógico-textural de rochas ornamentais, pisos, argamassas, pinturas murais e monumentos históricos.

Petrologia e Geoquímica de Rochas Ígneas

Estudos das rochas ígneas do ponto de vista geológico, geoquímico, mineralógico, petrográfico, estrutural e genético. São pesquisados os controles estruturais de colocação dos corpos ígneos, as suas relações com a geologia regional e com manifestações ígneas correlatas, o seu posicionamento estratigráfico e geotectônico, e o seu potencial metalogenético. A linha interage com outras relacionadas com Geocronologia e Geoquímica Isotópica, Geologia Regional e Geotectônica, e Metalogenia.

Petrologia e Geoquímica de Rochas Metamórficas

Estudo das rochas metamórficas presentes em vastas áreas do território brasileiro, do ponto de vista mineralógico, petrográfico, de geoquímica de rochas e química mineral, e estrutural. As pesquisas voltam-se também para o reconhecimento das idades dessas rochas e de seus protolitos, bem como do contexto geotectônico e estrutural de sua geração. São enfatizados também os processos geradores de jazidas de importância econômica, associadas às rochas metamórficas (Au, BIF, Mn etc.). Tem o complemento de investigações inerentes às linhas de Metalogênese, Geologia Regional e Geotectônica e Geocronologia e Geoquímica Isotópica.

Geocronologia e Geoquímica Isotópica

Utiliza-se de metodologias radiométricas existentes no CPGeo (K-Ar, Rb-Sr, Pb-Pb, U-Pb e Sm-Nd), abrangendo vários projetos com o objetivo de identificar por meio dos traçadores isotópicos os processos geradores das rochas, idades e a caracterização isotópica da área fonte. Com esta linha de pesquisa relacionam-se vários projetos das áreas de Geologia Regional e Geotectônica, Petrologias (Ígnea e Metamórfica) e Metalogênese. Dois métodos adicionais (geocronologia por 40Ar/39Ar,isotopia Re-Os), implantados recentemente, já estão em fase de operação rotineira.

Geologia Estrutural e Tectonofísica

Métodos de análises geométrica e cinemática das estruturas tectônicas. Além dos aspectos rotineiros dos estudos de geologia estrutural, incluem-se ainda métodos geofísicos (anisotropia sísmica e da susceptibilidade magnética), para interpretação de petrotrama e cinemática dos materiais deformados da natureza.

Geologia Regional e Geotectônica

Compreende todos os aspectos relacionados com a descrição e origem de estruturas geológicas, presentes em rochas ígneas e metamórficas, a sua ocorrência regional e a sua distribuição pelo território brasileiro, sempre descritas e caracterizadas no contexto do seu ambiente geotectônico. As ferramentas utilizadas são as mais diversas, com a confecção do mapa geológico como fundamento básico. Os temas desenvolvidos pelos pesquisadores do GMG abrangem todo o território brasileiro, como também regiões de diversos países vizinhos, além de regiões de África, Portugal, Espanha e Itália, através de pesquisa em colaboração com geólogos de várias instituições nacionais e estrangeiras. São inúmeras as pesquisas específicas desenvolvidas nesta temática, que em parte estão superpostos com os temas 2 e 3 (Petrologia Ígnea e Metamórfica), 5 (Geologia Estrutural e Tectonofísica) e 7 (Metalogênese).

Metalogênese Associada a Processos Endógenos

Estuda os sistemas ígneos e metamórficos que concentram minerais de interesse econômico, em particular os metálicos, em função de processos petrogenéticos, de controle estrutural e ainda das alterações produzidas por fluidos hidrotermais associados a sistemas vulcanogênicos, sedimentares e metamórficos. Busca a caracterização dos tipos e fontes de fluidos e metais por métodos de geoquímica isotópica e de rochas, isótopos estáveis e inclusões fluidas.